Igreja: Corpo de Cristo, Noiva de Cristo e Casa de Deus.
Mateus 16.16-18:
Simão Pedro respondeu: Tu és o CRISTO, o Filho do DEUS vivo.
Respondeu-lhe JESUS: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, pois não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai que está nos céus.
E também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
Atos 4.11,12:
Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina.
Em nenhum outro há salvação, pois também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.
A linguagem figurativa da Bíblia retrata a Igreja como uma obra em edificação. Este rico simbolismo aponta para a necessidade de um fundamento, sem o qual nenhuma construção é capaz de ser erguida em condições de manter-se de pé ou suportar a ação do tempo em suas estruturas. Ver Mt 7.24-27.
Como núcleo da Igreja incipiente, os discípulos foram preparados por CRISTO para serem as colunas de sustentação apostólica do Cristianismo bíblico. Eles teriam a responsabilidade ímpar de iniciar a construção deste grande edifício - a Igreja. Chegara, portanto, o momento supremo em que se descortinaria para a história este projeto concebido na mente de DEUS. Com este propósito, o Mestre inicia uma reflexão e Ihes faz a pergunta questionadora: "Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?" (v.13).
À primeira vista, numa leitura menos teológica, tem-se a impressão de que o Senhor está em processo de auto-afirmação, buscando, por isso. o reconhecimento da opinião pública. No entanto, à medida em que se aprofunda o diálogo, verifica-se que foi apenas o ponto de partida para chegar ao cerne da questão: o fundamento da Igreja nascente.
É provável que os discípulos ainda nutrissem dúvidas sobre o caráter messiânico do advento de CRISTO. Talvez tivessem uma percepção parecida com a da opinião pública. Neste ponto crucial, o Senhor restringe o campo de sua pesquisa e lhes faz a pergunta decisiva: "E vós, quem dizeis que eu sou?" (v.15). Da resposta dependeriam os passos seguintes.
Contudo, o que se percebe do texto, num aparente hiato entre os versículos 15 e 16,é a retração do grupo. A percepção externa já cristalizada não favorece uma posição clara. Esta ênfase é proposital porque, atualmente, em diversos casos a percepção quanto à posição da Igreja em CRISTO é conduzida pelos que os outros pensam e dizem a respeito, e não pelo que a Bíblia revela.
Todavia, no exato momento em que os discípulos se encontram aparentemente perplexos
diante da pergunta inquiridora, entra em cena a revelação sobrenatural. Pedro, inspirado pelo ESPÍRITO SANTO, toma-se o porta-voz do grupo, e declara: "Tu és o CRISTO, o Filho do DEUS vivo" (v.16). Aqui está o reconhecimento implícito da messianidade de JESUS, pedra de toque do arcabouço teológico que dá vida à Igreja.
O CRISTO da história, que viveu na dimensão humana, como enviado do Pai, incorporava em si mesmo toda a plenitude da divindade, (Cl 2.9). Este é o sentido da revelação dada por DEUS a Pedro. Tirar esta doutrina da centralidade da pregação é deixar a Igreja anômala e sem consistência bíblica.
Chegasse, agora, ao ponto de tensão sobre quem é o fundamento da Igreja. Inicialmente, o Senhor esclarece a origem da revelação: Não foi fruto da percepção humana equivocada (carne e sangue), mas resultado da ação direta de DEUS, mediante o ESPÍRITO SANTO, no coração de Pedro, (v.17). Em segundo lugar, através de um recurso estilístico, no grego, estabelece de forma precisa que o fundamento da Igreja está na confissão do apóstolo, (v.18). CRISTO cita duas palavras da mesma raiz, mas com significados diferentes, que expressam a dimensão exata da revelação. A primeira, petros (o nome do discípulo), significa um fragmento de pedra. A segunda, petra, traduz-se como rocha inamovível. Está claro que o Senhor, ao mesmo tempo em que reconheceu a sensibilidade espiritual de Pedro, como um fragmento de pedra, deixou também estabelecido que a Igreja seria edificada sobre aquela pedra inamovível - CRISTO, o Filho do DEUS vivo - que se constituiu na confissão pública do apóstolo.
O Senhor foi mais além, ao declarar a completa vitória da Igreja sobre as portas do inferno. Tal afirmativa
revela a plena autoridade de CRISTO para cumprir cabalmente o plano divino concernente ao mundo segundo a Palavra de DEUS. Por outro lado, fosse Pedro o fundamento ou qualquer outro dos discípulos, a Igreja não teria resistido aos fortes vendavais que sopraram sobre ela ao longo da história, e nem suportaria os ventos que hoje tentam desviá-la da rota, (comp. Ap 3.10).
Uma regra áurea de interpretação bíblica determina que não se pode interpretar o texto isoladamente,
sem levar em consideração o contexto. Portanto, considera-se como doutrina aquela que desfruta de respaldo em toda a Bíblia. Não é o caso do dogma romanista. que situa Pedro como fundamento da Igreja. Senão, vejamos:
a) O livro de Atos, que narra os primeiros passos da Igreja Apostólica, em nenhum momento deixa transparecer esta idéia. Nos primeiros
13 capítulos Pedro aparece tomando várias iniciativas, mas a partir daí, com exceção do cap.15, que trata do Concílio em Jerusalém (onde ele desponta no mesmo nível dos demais apóstolos), ele sai de cena.
b) Desde o momento em que Jerusalém começa a entrar em declínio político, antes da diáspora do ano 70 d.C.,DEUS se move através das circunstâncias para transferir o núcleo da Igreja das fronteiras judaicas para outro local estratégico. É assim que nasce a obra em Antioquia. A Bíblia identifica os personagens principais como crentes anônimos, dispersos pela perseguição, e cita Barnabé e Paulo em fase posterior. A liderança de Pedro sequer é mencionada, (At 11.~9-26).
c) Nenhuma das epístolas faz alusão a Pedro como alguém que estivesse ocupando posição de proeminência. Nem mesmo a que foi escrita aos romanos o destaca. E pelo menos em uma ocasião sofre críticas de Paulo, em razão de sua atitude dissimulada no relacionamento
com os gentios (GI 2.11-15).
Como se vê, houvesse Pedro sido nomeado pelo Senhor como o fundamento da Igreja, o Novo Testamento cuidaria de registrar, com detalhes, os fatos que apontassem nessa direção.
Vejamos, finalmente, como se posiciona o Novo Testamento em relação a CRISTO como o fundamento da Igreja. Paulo, em sua primeira carta aos Coríntios, é enfático: "Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é JESUS CRISTO", 3.11. O apóstolo segue a mesma linha da declaração revelatória no ato da confissão de Pedro.
Outra lição que o texto de Paulo oferece é a da sujeição da Igreja a CRISTO (Ef 5.24). O apóstolo a usa para exemplificar a mesma atitude da mulher para com o marido. No entanto, a idéia não é a de uma sujeição imposta pela força ou por uma decisão unilateral e legalista da esposa. É fruto, isto sim, do amor intenso dedicado pelo esposo, que produz nela profundo sentimento de afeto resultando no reconhecimento espontâneo de sua sujeição posicional. É assim a relação de CRISTO com a sua noiva. O amor que Ele lhe devota é tal, como demonstrado no ate da redenção, que ela se sente espontaneamente constrangida a ser-lhe eternamente fiel e a viver em função de sua liderança (2 Co 5.14,15J.
Outro detalhe expresso no símbolo é que a pureza da Igreja como noiva resulta da entrega do Senhor por ela (Ef 5.26,27). É Ele quem a santifica, purifica e a torna imaculada e irrepreensíveI. Não é um ato intrínseco da Igreja, que, por si mesma, possa desenvolver essas qualidades da vida cristã. Ela depende de estar abrigada sob o amor do noivo e ter a noção exata da grande compaixão
implícita nesta entrega. Só assim poderá viver essas características e apresentar-se, no dia das bodas, como "Igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante..." Tal é o comportamento que DEUS espera dos cônjuges. O amor do marido pela esposa deve evidenciar-
se de tal maneira, não só por palavras, mas acima de tudo por atos, que a mulher se sinta prazerosamente motivada a manter a sua pureza interior, bem como as suas qualidades morais e físicas para que ambos tenham, por toda a vida, plena satisfação na união conjugal. Assim, estarão dando um testemunho sem palavras, na dimensão humana, do que representa, no nível mais sublime, a comunhão entre CRISTO e a Igreja (Ef 5.32).
A Igreja, como templo de DEUS, Lugar da habitação de DEUS, traz a idéia subjacente da construção de um edifício habitacional que se ergue sob rigorosas normas de engenharia ("bem ajustado") (Ef 2.21).
Aqui se evidenciam duas coisas:
A) Quem normatiza e aplica os detalhes técnicos da obra é o engenheiro responsável, princípio este que denota a mesma responsabilidade no trato de CRISTO com a Igreja. As normas partem dele e já estão reveladas na Bíblia, não podendo ser substituídas por suposições humanas sob pena de fazer ruir todo o edifício, cf. Cl 2.20-23.
Assim é a Igreja de CRISTO. Ela conta com milhões de membros espalhados pelo mundo. Quando todos cumprem a sua parte, a Igreja se beneficia, mas se algum deles está enfermo espiritualmente e não é logo restaurado, afeta todo o corpo. Haja vista inúmeros exemplos
que promovem escândalos e trazem má fama ao povo de DEUS. É responsabilidade de todos os crentes trabalharem de forma orgânica e harmônica, interligados, em favor do crescimento, saúde e fortalecimento da Igreja, tendo CRISTO, como cabeça, na liderança (Ef 1.22,23). Sem nenhum exagero, a Igreja atual precisa ser mais corpo e menos indivíduos..
Esta é a mesma visão que norteia a presença da Igreja na Terra ( I Co 12.14,27).Muitos crentes, no entanto, por não entenderem corretamente este princípio, sentem-se inúteis e não se envolvem no serviço cristão. Mas se todos se impregnarem do senso de utilidade, a vida de oração será aprofundada, não faltarão recursos para a expansão do Reino, a evangelização será mais rápida, a obra missionária não andará a passos lentos, a unidade não constituir-se-á em utopia e a Igreja terá relevância no mundo (1 Co 15.58).
Como noiva de CRISTO, esteja a Igreja consciente de que Ele é a fonte de sua pureza espiritual. Como templo de DEUS, tenha ela a visão de que é o lugar santo de Sua habitação na Terra e do compromisso de permanentemente adorá-Lo. Como corpo de CRISTO, mostre-se ao mundo como um corpo bem ajustado, onde cada membro cumpra com alegria a sua responsabilidade em favor do corpo.
Ter a CRISTO como fundamento é a razão pela qual a Igreja subsiste a todos os ataques do inimigo, desde o período apostólico até os dias atuais. É também a garantia de que ela continuará triunfando contra todas as forças diabólicas que ajustam suas estratégias malignas às circunstâncias de hoje para tentar desviá-la do propósito de DEUS. Nada poderá jamais detê-la.
Deus seja louvado!
Por: Marcos Rodrigues
Simão Pedro respondeu: Tu és o CRISTO, o Filho do DEUS vivo.
Respondeu-lhe JESUS: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, pois não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai que está nos céus.
E também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
Atos 4.11,12:
Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina.
Em nenhum outro há salvação, pois também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.
A linguagem figurativa da Bíblia retrata a Igreja como uma obra em edificação. Este rico simbolismo aponta para a necessidade de um fundamento, sem o qual nenhuma construção é capaz de ser erguida em condições de manter-se de pé ou suportar a ação do tempo em suas estruturas. Ver Mt 7.24-27.
Como núcleo da Igreja incipiente, os discípulos foram preparados por CRISTO para serem as colunas de sustentação apostólica do Cristianismo bíblico. Eles teriam a responsabilidade ímpar de iniciar a construção deste grande edifício - a Igreja. Chegara, portanto, o momento supremo em que se descortinaria para a história este projeto concebido na mente de DEUS. Com este propósito, o Mestre inicia uma reflexão e Ihes faz a pergunta questionadora: "Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?" (v.13).
À primeira vista, numa leitura menos teológica, tem-se a impressão de que o Senhor está em processo de auto-afirmação, buscando, por isso. o reconhecimento da opinião pública. No entanto, à medida em que se aprofunda o diálogo, verifica-se que foi apenas o ponto de partida para chegar ao cerne da questão: o fundamento da Igreja nascente.
É provável que os discípulos ainda nutrissem dúvidas sobre o caráter messiânico do advento de CRISTO. Talvez tivessem uma percepção parecida com a da opinião pública. Neste ponto crucial, o Senhor restringe o campo de sua pesquisa e lhes faz a pergunta decisiva: "E vós, quem dizeis que eu sou?" (v.15). Da resposta dependeriam os passos seguintes.
Contudo, o que se percebe do texto, num aparente hiato entre os versículos 15 e 16,é a retração do grupo. A percepção externa já cristalizada não favorece uma posição clara. Esta ênfase é proposital porque, atualmente, em diversos casos a percepção quanto à posição da Igreja em CRISTO é conduzida pelos que os outros pensam e dizem a respeito, e não pelo que a Bíblia revela.
Todavia, no exato momento em que os discípulos se encontram aparentemente perplexos
diante da pergunta inquiridora, entra em cena a revelação sobrenatural. Pedro, inspirado pelo ESPÍRITO SANTO, toma-se o porta-voz do grupo, e declara: "Tu és o CRISTO, o Filho do DEUS vivo" (v.16). Aqui está o reconhecimento implícito da messianidade de JESUS, pedra de toque do arcabouço teológico que dá vida à Igreja.
O CRISTO da história, que viveu na dimensão humana, como enviado do Pai, incorporava em si mesmo toda a plenitude da divindade, (Cl 2.9). Este é o sentido da revelação dada por DEUS a Pedro. Tirar esta doutrina da centralidade da pregação é deixar a Igreja anômala e sem consistência bíblica.
Chegasse, agora, ao ponto de tensão sobre quem é o fundamento da Igreja. Inicialmente, o Senhor esclarece a origem da revelação: Não foi fruto da percepção humana equivocada (carne e sangue), mas resultado da ação direta de DEUS, mediante o ESPÍRITO SANTO, no coração de Pedro, (v.17). Em segundo lugar, através de um recurso estilístico, no grego, estabelece de forma precisa que o fundamento da Igreja está na confissão do apóstolo, (v.18). CRISTO cita duas palavras da mesma raiz, mas com significados diferentes, que expressam a dimensão exata da revelação. A primeira, petros (o nome do discípulo), significa um fragmento de pedra. A segunda, petra, traduz-se como rocha inamovível. Está claro que o Senhor, ao mesmo tempo em que reconheceu a sensibilidade espiritual de Pedro, como um fragmento de pedra, deixou também estabelecido que a Igreja seria edificada sobre aquela pedra inamovível - CRISTO, o Filho do DEUS vivo - que se constituiu na confissão pública do apóstolo.
O Senhor foi mais além, ao declarar a completa vitória da Igreja sobre as portas do inferno. Tal afirmativa
revela a plena autoridade de CRISTO para cumprir cabalmente o plano divino concernente ao mundo segundo a Palavra de DEUS. Por outro lado, fosse Pedro o fundamento ou qualquer outro dos discípulos, a Igreja não teria resistido aos fortes vendavais que sopraram sobre ela ao longo da história, e nem suportaria os ventos que hoje tentam desviá-la da rota, (comp. Ap 3.10).
Uma regra áurea de interpretação bíblica determina que não se pode interpretar o texto isoladamente,
sem levar em consideração o contexto. Portanto, considera-se como doutrina aquela que desfruta de respaldo em toda a Bíblia. Não é o caso do dogma romanista. que situa Pedro como fundamento da Igreja. Senão, vejamos:
a) O livro de Atos, que narra os primeiros passos da Igreja Apostólica, em nenhum momento deixa transparecer esta idéia. Nos primeiros
13 capítulos Pedro aparece tomando várias iniciativas, mas a partir daí, com exceção do cap.15, que trata do Concílio em Jerusalém (onde ele desponta no mesmo nível dos demais apóstolos), ele sai de cena.
b) Desde o momento em que Jerusalém começa a entrar em declínio político, antes da diáspora do ano 70 d.C.,DEUS se move através das circunstâncias para transferir o núcleo da Igreja das fronteiras judaicas para outro local estratégico. É assim que nasce a obra em Antioquia. A Bíblia identifica os personagens principais como crentes anônimos, dispersos pela perseguição, e cita Barnabé e Paulo em fase posterior. A liderança de Pedro sequer é mencionada, (At 11.~9-26).
c) Nenhuma das epístolas faz alusão a Pedro como alguém que estivesse ocupando posição de proeminência. Nem mesmo a que foi escrita aos romanos o destaca. E pelo menos em uma ocasião sofre críticas de Paulo, em razão de sua atitude dissimulada no relacionamento
com os gentios (GI 2.11-15).
Como se vê, houvesse Pedro sido nomeado pelo Senhor como o fundamento da Igreja, o Novo Testamento cuidaria de registrar, com detalhes, os fatos que apontassem nessa direção.
Vejamos, finalmente, como se posiciona o Novo Testamento em relação a CRISTO como o fundamento da Igreja. Paulo, em sua primeira carta aos Coríntios, é enfático: "Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é JESUS CRISTO", 3.11. O apóstolo segue a mesma linha da declaração revelatória no ato da confissão de Pedro.
Outra lição que o texto de Paulo oferece é a da sujeição da Igreja a CRISTO (Ef 5.24). O apóstolo a usa para exemplificar a mesma atitude da mulher para com o marido. No entanto, a idéia não é a de uma sujeição imposta pela força ou por uma decisão unilateral e legalista da esposa. É fruto, isto sim, do amor intenso dedicado pelo esposo, que produz nela profundo sentimento de afeto resultando no reconhecimento espontâneo de sua sujeição posicional. É assim a relação de CRISTO com a sua noiva. O amor que Ele lhe devota é tal, como demonstrado no ate da redenção, que ela se sente espontaneamente constrangida a ser-lhe eternamente fiel e a viver em função de sua liderança (2 Co 5.14,15J.
Outro detalhe expresso no símbolo é que a pureza da Igreja como noiva resulta da entrega do Senhor por ela (Ef 5.26,27). É Ele quem a santifica, purifica e a torna imaculada e irrepreensíveI. Não é um ato intrínseco da Igreja, que, por si mesma, possa desenvolver essas qualidades da vida cristã. Ela depende de estar abrigada sob o amor do noivo e ter a noção exata da grande compaixão
implícita nesta entrega. Só assim poderá viver essas características e apresentar-se, no dia das bodas, como "Igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante..." Tal é o comportamento que DEUS espera dos cônjuges. O amor do marido pela esposa deve evidenciar-
se de tal maneira, não só por palavras, mas acima de tudo por atos, que a mulher se sinta prazerosamente motivada a manter a sua pureza interior, bem como as suas qualidades morais e físicas para que ambos tenham, por toda a vida, plena satisfação na união conjugal. Assim, estarão dando um testemunho sem palavras, na dimensão humana, do que representa, no nível mais sublime, a comunhão entre CRISTO e a Igreja (Ef 5.32).
A Igreja, como templo de DEUS, Lugar da habitação de DEUS, traz a idéia subjacente da construção de um edifício habitacional que se ergue sob rigorosas normas de engenharia ("bem ajustado") (Ef 2.21).
Aqui se evidenciam duas coisas:
A) Quem normatiza e aplica os detalhes técnicos da obra é o engenheiro responsável, princípio este que denota a mesma responsabilidade no trato de CRISTO com a Igreja. As normas partem dele e já estão reveladas na Bíblia, não podendo ser substituídas por suposições humanas sob pena de fazer ruir todo o edifício, cf. Cl 2.20-23.
Assim é a Igreja de CRISTO. Ela conta com milhões de membros espalhados pelo mundo. Quando todos cumprem a sua parte, a Igreja se beneficia, mas se algum deles está enfermo espiritualmente e não é logo restaurado, afeta todo o corpo. Haja vista inúmeros exemplos
que promovem escândalos e trazem má fama ao povo de DEUS. É responsabilidade de todos os crentes trabalharem de forma orgânica e harmônica, interligados, em favor do crescimento, saúde e fortalecimento da Igreja, tendo CRISTO, como cabeça, na liderança (Ef 1.22,23). Sem nenhum exagero, a Igreja atual precisa ser mais corpo e menos indivíduos..
Esta é a mesma visão que norteia a presença da Igreja na Terra ( I Co 12.14,27).Muitos crentes, no entanto, por não entenderem corretamente este princípio, sentem-se inúteis e não se envolvem no serviço cristão. Mas se todos se impregnarem do senso de utilidade, a vida de oração será aprofundada, não faltarão recursos para a expansão do Reino, a evangelização será mais rápida, a obra missionária não andará a passos lentos, a unidade não constituir-se-á em utopia e a Igreja terá relevância no mundo (1 Co 15.58).
Como noiva de CRISTO, esteja a Igreja consciente de que Ele é a fonte de sua pureza espiritual. Como templo de DEUS, tenha ela a visão de que é o lugar santo de Sua habitação na Terra e do compromisso de permanentemente adorá-Lo. Como corpo de CRISTO, mostre-se ao mundo como um corpo bem ajustado, onde cada membro cumpra com alegria a sua responsabilidade em favor do corpo.
Ter a CRISTO como fundamento é a razão pela qual a Igreja subsiste a todos os ataques do inimigo, desde o período apostólico até os dias atuais. É também a garantia de que ela continuará triunfando contra todas as forças diabólicas que ajustam suas estratégias malignas às circunstâncias de hoje para tentar desviá-la do propósito de DEUS. Nada poderá jamais detê-la.
Deus seja louvado!
Por: Marcos Rodrigues
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